Born on 4th of July
Raramente escrevo algo que não seja sobre náutica (ou relacionados), no entanto durante o dia de ontem, ocorreu-me à memória "uma triste novela", que julguei não ser demais partilhar com quem me ouve.
No final da tarde de ontem, fui a Aveiro com o propósito de comprar uma pequena "prenda" para o meu filho, que completa hoje 5 anos. É um dos nascidos a 4 de Julho, no entanto não é sobrinho do Tio Sam, mas sim 100% Tuga.
Lembrei-me então de uma história decorrida nos territórios ocupados por Israel, quando um pai (tal como eu) decidiu também ir comprar uma prenda para um filho (tal como o meu) também ele aniversariante. Estava na hora errada no local errado, e a prenda resumiu-se a meia-dúzia de balas israelitas.
Muhammed al-Durrah, um rapaz palestiniano de 12 anos, saiu de casa de manhã na companhia do pai, Jamal al-Durrah, para ir comprar um brinquedo. No regresso a casa, foram surpreendidos por um tiroteio entre palestinianos e islarelitas. Tentaram proteger-se atrás de um cilindro de cimento. O tiroteio durou 45 minutos, 27 dos quais foram filmados pela estação de televisão francesa France 2. Muhammed foi alvejado pelas balas dos israelitas e morreu. O pai sobreviveu. A mãe de Muhammed assistiu, em casa, à morte do filho. Foi no dia 30 de Setembro de 2000.
Às vezes lamentamo-nos da vida, do local onde vivemos e indignamo-nos com uma facilidade tremenda sobre questões mesquinhas da vida.
No final da tarde de ontem, fui a Aveiro com o propósito de comprar uma pequena "prenda" para o meu filho, que completa hoje 5 anos. É um dos nascidos a 4 de Julho, no entanto não é sobrinho do Tio Sam, mas sim 100% Tuga.
Lembrei-me então de uma história decorrida nos territórios ocupados por Israel, quando um pai (tal como eu) decidiu também ir comprar uma prenda para um filho (tal como o meu) também ele aniversariante. Estava na hora errada no local errado, e a prenda resumiu-se a meia-dúzia de balas israelitas.
Muhammed al-Durrah, um rapaz palestiniano de 12 anos, saiu de casa de manhã na companhia do pai, Jamal al-Durrah, para ir comprar um brinquedo. No regresso a casa, foram surpreendidos por um tiroteio entre palestinianos e islarelitas. Tentaram proteger-se atrás de um cilindro de cimento. O tiroteio durou 45 minutos, 27 dos quais foram filmados pela estação de televisão francesa France 2. Muhammed foi alvejado pelas balas dos israelitas e morreu. O pai sobreviveu. A mãe de Muhammed assistiu, em casa, à morte do filho. Foi no dia 30 de Setembro de 2000.
Às vezes lamentamo-nos da vida, do local onde vivemos e indignamo-nos com uma facilidade tremenda sobre questões mesquinhas da vida.
3 Comments:
Que momento .
E julgamos nós que temos problemas.
E somos nós animais racionais !
Que se passa neste mundo ?
Como o ser humano tem tanto de bom como de mau.
04 julho, 2006
A memória dos homens é curta! E depois ficam muito ofendidos quando o Saramago opina sobre "certo Espírito" judeu em relação aos Palestinianos.
05 julho, 2006
...isto é uma gaita... cada vez mais isto acontece, até no nosso dia a dia.
Ontem, dia de futebol, enquanto conduzia para o Porto, assisti a várias cenas que só não tiveram tiroteio. Haviam muitos senhores capazes de passar por cima do próximo porque estavamos já perto das 20:00h.
Falamos em Palestinianos? - Não, Tugas, burros como portas por sinal!
06 julho, 2006
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