A bactéria
Na viagem da Figueira da Foz para a Nazaré, foi diagnosticada a bordo uma doença infecto-contagiosa num dos nossos tripulantes. Rapidamente as suspeitas recaíram sobre uma bactéria (muito comum na beira-mar) denominada cientificamente de “Bacardis abusis”, transmissível com alguma facilidade entre os humanos depois do pôr-do-sol. A referida bactéria é comum em zonas turísticas, em espaços muito movimentados e sobretudo expostos a acordes musicais e decibéis.
As náuseas, a sonolência e a falta de apetite de um dos tripulantes, fizeram com que se activasse um controlo médico-fito-sanitário a bordo. Foram avisadas as embarcações, cujos tripulantes tivessem tido contacto com o nosso marinheiro, ou que eventualmente tivessem frequentado os mesmos locais. No “Veronique” o “regime de quarentena” foi a medida adoptada para um dos seus tripulantes que tinha calcorreado a mesma zona. A presença de febre era o pior dos sintomas que poderia ocorrer!
Na falta de um termómetro, improvisou-se a “vareta do óleo” para testar a temperatura rectal do marinheiro. A vareta depois do teste não apresentou sinais de corrosão nem de oxidação. O paciente parecia querer recuperar.
No entanto, perante uma pequena distracção da equipe médica, o paciente ingeriu uma latinha de “Sumol laranja”. A bactéria reabilitou-se com o dióxido de carbono da bebida, e o extracto de laranja irritou o tetraóxido bacardiano presente na cuba gástrica, tendo-se manifestado o vómito, do tipo “Speedy Gonsalez”, ou rapidinho.
Com o decorrer das milhas e a exposição solar, o índice de concentração da “Bacardis abusis” foi decrescendo, e na Nazaré já apresentava valores normais no animal.
Tudo não passou de um grande, grande . . . susto.
1 Comments:
Conheço esta bactéria com cola.
12 junho, 2006
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